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Em nossa última postagem “Pró-labore: Um Guia com tudo o que os sócios de uma Agência de Publicidade precisam Saber!” focamos em diversos pontos importantes referentes ao pró-labore para agência de publicidade, mas esse é um tema que merece um pouco mais de atenção, ainda mais referente aos seus números!
Portanto, eu tenho um questionamento para você:
Você se tornou sócio de uma agência de publicidade, mas está com dúvidas sobre como será efetuado o cálculo dos seus ganhos, direitos trabalhistas e participação nos lucros?
Isso é completamente normal.
A maior parte das pessoas que entram no mundo dos sócios, não sabem a diferença entre salário, pró-labore e participação dos lucros. Por isso, vamos te dizer tudo o que um sócio de uma agência de publicidade precisa saber sobre pró-labore, e os tributos que impactam sua definição.
Mas antes, vamos relembrar…
O que é pró-labore e quem tem direito?
Diferente do salário normal de um funcionário, o sócio não possui um valor tabelado e fixado em algum sindicato para servir de piso.
Por isso, existe o pró-labore, de modo que você tenha o direito de receber por seu trabalho, assim como um funcionário recebe. Mas, não entra na conta dos demais direitos trabalhistas.
É daí que vem o nome:
Pró-labore
Que tem origem do latim e traduzido para o nosso português, significa “Pelo trabalho”. – É importante entender o significado, pois ele quer dizer que você receberá pelo trabalho que fizer dentro de sua própria empresa.
Esse cálculo é utilizado para regularizar a situação salarial do sócio aos olhos do caixa da empresa, e também é válido para o administrador da agência.
Sendo assim, garanta que ambos estejam regularizados para que os balancetes sejam descritos corretamente e evitar dores de cabeça no futuro.
Qual a importância do pró-labore para uma agência?
Além de toda a questão de receber pelo trabalho que é feito, o pró-labore possui importância fiscal.
Alguns administradores não o fazem para evitar os impostos que são cobrados em cima, ou calculam apenas um valor simbólico para pagar as tributações.
No entanto, essa prática não é recomendada e pode gerar problemas no futuro, se houver alguma auditoria ou fiscalização, uma vez que o governo pode entender que houveram intenções de simular operações falsas para diminuir os custos com impostos.
Impostos sobre o pró-labore para agência de publicidade
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Toda vez que um pró-labore é definido, passa a ser cobrado dois tipos de imposto em cima:
1 – Pago pelo Sócio.
- 11% para o INSS em cima do valor do pró-labore;
- IRRF (antecipação do Imposto de Renda para Pessoas Físicas e Jurídicas) de 0% a 27% em cima do valor do pró-labore.
2 – Pago pela empresa:
- INSS de 20% sobre o valor do pró-labore, caso a empresa não seja SIMPLES ou desonerada do INSS.
Outro ponto importante é que: enquanto o sócio puder fazer todo o serviço, mas seus ganhos são vindos somente dos lucros, o lucro líquido do caixa nunca será real.
Sendo assim, a divisão dos lucros seria ilusória, uma vez que uma parte é destinada ao caixa e o restante dividido entre os sócios.
Mas, se porventura o serviço precisar ser feito por terceiros o salário terá de ser pago conforme o piso, sendo assim, o lucro final será drasticamente reduzido, já que antes a mão de obra não era contabilizada.
Como é feito o cálculo do pró-labore para agência de publicidade?
Embora não exista uma base de valores tabelada, você precisa ser honesto consigo mesmo e com a sua empresa.
Quanto, normalmente, um funcionário receberia de salário para fazer o mesmo que você faz? Está dentro das possibilidades da agência?
(Fizemos esse mesmo questionamento em nossa última publicação desse tema, pois ele é realmente importante!)
Após fazer essa análise, é possível conseguir chegar a um valor justo e que justifique seu tempo investido diariamente na empresa.
Por isso, ao abrir sua agência de publicidade em parceria com um sócio, defina de antemão quem irá trabalhar na empresa e quanto normalmente o mercado paga para a função que será feita. Em seguida, juntos, definam os custos.
Não deixe o pró-labore para agência de publicidade por último! E pague-o normalmente, como se pagasse o salário de um funcionário comum.
